A micropigmentação paramédica pode ser usada em prol da sua beleza. Uma iraquiana que ficou com 40% da face queimada quando tinha dois anos conseguiu uniformizar a epiderme.
Basma Hameed, iraquiana, sofreu queimaduras de terceiro grau em 40% do rosto quando tinha apenas dois anos. Para minimizar as marcas do acidente com óleo fervente durante uma brincadeira com o irmão que acabou mal em Bagdade, onde viviam, fez mais de 100 operações plásticas. Mas foi através do recurso da tratamentos de micropigmentação que conseguiu camuflar as cicatrizes maiores.
A micropigmentação, um procedimento que consiste na introdução de grânulos de pigmento de diferentes tons no tecido dérmico, com a ajuda de umas agulhas muito finas, que estão ligadas a um dermógrafo responsável por criar movimentos de vaivém necessários à deposição do pigmento na pele, tem aplicações paramédicas, como a reconstrução das aréolas mamárias, cicatrizes, queimaduras e alopecias.
Depois de recuperar a imagem, Basma Hameed abriu uma rede clínicas no Canadá e EUA, onde usa a micropigmentação, já disponível em Portugal há cerca de uma década, para camuflar cicatrizes graves. Os tratamentos mais espetaculares são os realizados nas auréolas. Estão, contudo, longe de ser os únicos:
♦ Auréolas
No que concerne às aréolas, existem dois tratamentos básicos que se podem realizar. As reconstruções são realizadas quando se recorre a uma mastectomia e, posteriormente, se coloca um implante de silicone. Com o implante se reconstrói o volume, mas a aréola mamária não, provocando traumas psicológicos na paciente.
Em alguns casos, efetua-se um enxerto de pele, um procedimento que nem sempre oferece bons resultados, devido à elevada percentagem de rejeições da paciente quando não obtém a cor desejada. A melhor solução a que se chegou é a micropigmentação da zona.
♦ Cicatrizes aureolares
São provocadas por cirurgias estéticas de aumento ou redução de seios, que deixam um aro branco à volta e, em certas ocasiões, cortam parte da aréola. A micropigmentação faz com que esse aro passe despercebido.
♦ Cicatrizes
É um dos tratamentos mais complicados de realizar, mas garante resultados satisfatórios quase a 100%. É recomendado para casos em que existe uma grande diferença de tom entre a cicatriz e a pele. É contraindicado em cicatrizes queloides.
♦ Queimaduras
Neste campo, oferece resultados muito satisfatórios. É necessário consultar o dermatologista sobre o estado da zona que se vai tratar. Também se deve realizar uma prova de cor prévia.
♦ Vitiligo
A micropigmentação de zonas com vitiligo nunca implica a cura da doença, apenas corrige os sintomas visíveis. Os resultados mais surpreendentes são conseguidos em etnias de pele escura.
♦ Alopecias iniciais
A pigmentação capilar óptica permite camuflar zonas onde existe alopecia inicial, mas não a calvície evidente. Permite como que escurecer a base do couro cabeludo dando a sensação de maior densidade capilar.